sexta-feira, 22 de junho de 2012

ROLAMENTO!

FALTA DE MANUTENÇÃO PODE COMPROMETER SEGURANÇA
Os rolamentos são, quem sabe, as peças mais “escondidas” de um veículo. E não é todo proprietário de veículo que sabe ao certo que componentes possuem rolamentos. Logo, nem sempre se dá a devida atenção à manutenção deles. Isso oferece riscos à segurança? Sim, “a falta de manutenção de um rolamento pode levar tanto à simples quebra do conjunto, quanto a um acidente fatal”, adverte Silvio Borges, consultor técnico da Área de Engenharia de Serviço da Timken. E dá pra recondicionar rolamento automotivo? Nem pensar! “Se alguém estiver fazendo isso, é crime.”

Os rolamentos mais críticos, do ponto de vista de manutenção, estão associados aos cubos de rodas e aos sistemas de eixos diferenciais, uma vez que, se ocorrer um travamento ali, imediatamente a segurança do veículo como um todo estará comprometida, explica o consultor da Timken. “Temos, ainda, como conjunto crítico, as colunas de direção.”

O principal fator de desgaste e que torna os rolamentos destes conjuntos mais críticos são as condições das estradas, os buracos, principalmente no caso dos caminhões, quando não são respeitados os limites de carga.

Os principais sinais de que há problemas com rolamentos são ruído e aquecimento. Um outro sinal é o veículo não obedecer à frenagem. Quando o rolamento está precário, o veículo começa a “jogar”, porque tem folga. Vem o ruído –é o popular “tá roncando”. Neste caso, é fundamental levar o veículo imediatamente a uma oficina. É claro que também aí vai valer a experiência do mecânico para detectar o problema a partir do que o usuário lhe relatar.

Esses problemas podem surgir com quilometragem avança da ou mesmo baixa. Tudo depende das condições de utilização do veículo. “Se você segue todas as recomendações, se você segue a capacidade de carga estabelecida pela montadora; se você faz as manutenções regulares, o ideal é que cheque os rolamentos a cada 100 mil km”, afirma o consultor da Timken. “Mas, se você extrapola, com 30 mil quilômetros, já terá de encostar”, pondera.
A manutenção desses rolamentos consiste no desmonte do sistema, retirada da peça e análise visual. O mecânico tem de ter experiência para opinar.

“Por exemplo, se o rolamento estiver azulado, significa que perdeu características metalúrgicas. Precisa ver se não tem alguma parte quebrada.” O ideal é, quando se fizer a análise, já fazer a substituição. Nesta operação, seja de substituição, seja uma recolocação, tudo –inclusive as peças adjacentes– tem de ser inspecionado e limpo. Porque, na verdade, pode ser que outro problema esteja interferindo na vida útil do rolamento.

Feito isso, vem a lubrificação. Em cubo de roda normal, graxa; em eixo diferencial, é óleo. Quando se faz a substituição no cubo de roda, é fundamental que a graxa seja nova e a especificação, adequada. Segundo Borges, um ponto muito importante, mas freqüentemente negligenciado: “retentor é descartável”. Portanto, nada de cortar a mola do retentor, para este ficar “firme” no eixo.
FONTE: http://www.pellegrino.com.br/revista/materias.asp?id=92

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