sábado, 27 de julho de 2013

• A um passo da oficina verde

Na prática, o que uma oficina precisa para ser "verde", ou seja, com processos que tenham como objetivo a preservação do meio ambiente 


Fala-se muito e faz-se pouco, ainda. Trabalhar em dia com as questões relativas à sustentabilidade e preservação do meio ambiente, apesar de ter se tornado obrigatório por lei, ainda não está em pauta em muitas oficinas. Isso acontece porque muitas vezes, os gestores não têm orientação do que fazer e acham que vão gastar fortunas em infraestrutura, preferindo correr o risco e deixar a ecologia em segundo plano correndo o risco de autuação.
Mas como vimos na matéria do mês passado (Ed. 230), a punição para quem não entrar na linha vai ficar cada vez mais dura. Por isso, em parceria com o IQA (Instituto da Qualidade Automotiva), mostraremos nessa reportagem as dicas do que é preciso para ter o mínimo de cuidado com o meio ambiente, para se engajar nessa questão tão importante, que em longo prazo vai trazer benefícios para todos, principalmente, para nossos filhos e netos. Embarque nessa ideia e invista sua dedicação para se tornar uma verdadeira oficina verde.
"Trazemos recomendações, informações e dicas sobre como construir e manter uma oficina ecologicamente correta sem gastar muito, já que ultrapassou a barreira de ser uma questão social. Hoje, ações de preservação se tornaram assunto de saúde pública e quem não respeita as leis pode enfrentar multas e processos com penas mais severas", explica José Palacio, coordenador de serviços do IQA.
Separar o lixo e reciclar
O primeiro passo para essa mudança de consciência, sim, mudança de consciência, é separar o lixo e os resíduos e dar destinos corretos para cada um deles, reciclando o que for passível de reciclagem. "Os mecânicos precisam ampliar cada vez mais sua cultura de preservação do meio ambiente, começando com atitudes simples, e a partir daí fazer desse exercício uma constante tanto em seu local de trabalho quanto em casa", afirma Palacio. (1)


Outro ponto importante é a caixa separadora água/óleo. Uma mistura proveniente da lavagem de motores, por exemplo, e outros resíduos, podem ir direto para o esgoto, contaminando o saneamento público. "Para amenizar essa situação, as oficinas devem adotar caixas decantadoras, que fazem o trabalho da separação, jogando no esgoto a água limpa e num outro recipiente o óleo coletado, que depois pode ser vendido. Vale lembrar que a Cetesb multa a empresa que derrama óleo na calçada e no esgoto", orienta. (2)


De acordo com leis que já vimos na edição anterior, os resíduos sólidos ou líquidos devem ter descarte específico feito por empresas capacitadas e credenciadas para essa prática. A norma NBR 10004, por exemplo, classifica o óleo lubrificante descartado como um produto altamente tóxico e perigoso para a saúde e ao meio ambiente. E, em relação aos pneus, também já existe uma regulamentação que aponta os fabricantes como responsáveis pelos resíduos de seus produtos. Basta consultá-las e aplicar na prática.
O descarte correto dos resíduos ajuda a amenizar os impactos que a oficina pode gerar para o meio ambiente. Uma dica é adquirir os recipientes coloridos para fazer a coleta seletiva, identificando: metal, vidro, plástico e papel. Seu investimento vai ser apenas o valor dos recipientes. As peças que não permitem reciclagem devem ficar numa área isolada. (3)



FONTE: http://www.omecanico.com.br/modules/revista.php?recid=1001&edid=76&topicid=2


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